4 coisas que a Apple deveria mudar no iOS com a versão 5

Apesar de a Apple ter lançado o iPhone (e o iOS) há apenas quatro anos, o sistema operacional móvel já parece impressionantemente maduro. Mas essa maturidade não significa que ele seja perfeito, já que certamente há lugar para melhorias.

A “maçã” afirma que revelará detalhes da próxima versão do iOS durante sua conferência anual WWDC 2011, que acontece em junho nos EUA. Estamos otimistas de que muitos recursos aguardados sejam anunciados na ocasião. Pensando nisso, selecionamos outros recursos mais sutis, mas não menos importantes, que poderiam melhorar de maneira igual a experiência no sistema móvel da Apple.


Menos notificações

A cada lançamento do iOS, esperamos por uma repaginação dos alertas de push. Mas além de mudanças mais, digamos, radicais nesse recurso, também gostaríamos de uma alteração mais simples: a habilidade de agendar um período de “descanso” quando as notificações não te incomodarão (durante a noite, por exemplo). Alguns aplicativos – mais notavelmente o serviço de notificações Boxcar – já suportam tal agendamento.

Queremos uma maneira geral do sistema para aplicar esse pensamento em todas as notificações de push. Uma simples tela em Ajustes poderia permitir configurar janelas de “períodos silenciosos”, e deveriam incluir uma opção para escolher se alertas de ligações ou mensagens de texto deveriam ultrapassar esse silêncio.

Restrição no tamanho do download

Há algumas semanas, a Navigon liberou uma atualização para seu aplicativo de GPS MobileNavigator. Como o app trazia todos os dados de mapas dos Estados Unidos, a atualização “pesava” cerca de 1,5 GB. Mas a empresa logo descobriu um problema: o app estava solicitando que os usuários digitassem suas Apple IDs mais vezes do que o normal. Por isso, a companhia lançou mais um update, também com 1,5 GB.

Mesmo com uma conexão boa, baixar essa quantidade de dados pode levar algumas horas. Além disso, o processo de enviar downloads enormes para milhões de usuários não deve apresentar nenhuma vantagem para a Apple.

O mundo dos softwares resolveu esse tipo de problema há muito tempo com os chamados patches. Eles são downloads incrementais que incluem apenas o código mínimo necessário para atualizar uma nova versão – o equivalente a baixar algumas adaptações gramaticais, em vez de pegar uma nova cópia completa de um livro.
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Os patches de software eram especialmente úteis na época das lentas conexões discadas, mas só porque temos mais velocidade de rede agora não significa que devemos desperdiçá-la. Centenas de milhares de atualizações de apps são baixadas milhões de vezes. É de interesse da Apple e dos usuários tornar esses downloads menores e mais eficientes, e por isso esperamos que uma abordagem de patches chegue junto com o iOS 5 (também seria legal se a Apple aplicasse essa abordagem em suas atualizações do iOS, para que a solução para o bug de localização não exigisse um download de 600 MB, por exemplo).


Erros de digitação

Você pode apostar dinheiro de verdade que nunca verá um iPhone com teclado físico. Já falamos antes que a melhor maneira de se tornar mais hábil no teclado virtual é confiando mais nele: toque perto das letras que quer e deixe a correção automática cuidar do resto. Mas, apesar de o iOS oferecer um ótimo corretor automático, ele poderia ser ainda melhor.

Os erros mais comuns de digitação no iOS acontecem ao "perder" a barra de espaço. Em um teclado físico, os dedões descansam na barra, mas é óbvio que isso não é possível em um iPhone ou iPad. Isso significa que podemos acabar tocando no “m” ou em outra letra quando buscamos o espaço, criando palavras como “parecemcommisso”. O sistema móvel da Apple já detecta problemas como esse às vezes, mas seria interessante vê-lo ficar ainda melhor nesse quesito.

O segundo erro mais comum de digitação no iOS vem exatamente de confiar demais no corretor automático. Algumas vezes, o recurso substitui inteiramente a palavra errada de modo que nem percebemos (o que gera algumas mensagens muito loucas). Há dois retoques que a Apple poderia aplicar ao corretor para suavizar esse problema. O primeiro seria destacar – ligeiramente – as palavras corrigidas pelo sistema. Dessa maneira, quando digita com pressa, o usuário pode olhar de volta mais facilmente e saber para quais palavras dar mais atenção antes de salvar ou enviar o texto.

Algumas vezes acontece de digitarmos erroneamente uma palavra real (ou o iOS corrige automaticamente), mas uma que está totalmente fora de lugar. Como a maioria dos usuários, não gostamos de nenhum verificador ortográfico, mas suspeitamos que uma lógica similar poderia ser usada para detectar palavras fora de lugar. Se o iOS pudesse destacar tais palavras – novamente, de maneira discreta, mas diferentemente de como chamaria a atenção para outras correções automáticas – a localização e correção desses erros seriam muito mais simples.

Edição mais simples

O iPhone chegou ao mercado sem suporte para a conhecida função “copiar e colar”. O recurso finalmente foi incorporado na versão 3.0 do iOS. Foi uma implementação esperta – para um lançamento 1.0. Para crédito do recurso, usá-lo no iPhone não representa problemas - para usuários com conhecimento em tecnologia. Já para “os normais”, pessoas comuns que não conhecem muito sobre o aparelho, é algo não-intuitivo.

O mesmo vale para realizar edições de texto na linha. Dar espaçamento para trás é fácil, mas tocar e segurar e esperar que a lupa apareça antes de finalmente terminar sua edição? Isso é menos incrível (os desafios de selecionar um texto representam uma grande parte do por que copiar e colar é tão difícil para algumas pessoas).

Quando você usa um iPhone ou iPad com um teclado físico, a seleção de texto e movimento de cursor torna-se muito mais fácil, graças às setas direcionais. Atualmente não há espaço para tais teclas de navegação no teclado virtual, apesar de alguns aplicativos de terceiros oferecem suas próprias opções.

Há desafios mais difíceis de serem resolvidos, mas não há dúvidas de que a Apple poderia tornar o processo mais fácil para cada uma dessas questões.

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