Como média na região, em março o valor do serviço de banda larga fixa, em paridade de poder aquisitivo, foi de US$ 72,80 o megabyte por segundo (mbps), frente aos US$ 5,90 cobrados nos países da OCDE, composta por 34 Estados. "As comparações que realizamos têm dois componentes, o preço do serviço e o poder aquisitivo do país. A variável do poder aquisitivo é bastante importante na comparação, por isso as diferenças são grandes", explicou nesta sexta-feira o diretor do Observatório Regional de Banda Larga (Orba), Fernando Rojas
No entanto, a porcentagem de assinantes de banda larga móvel com relação ao total da população da América Latina e o Caribe passou de 0,2% em 2005 para 4,7% em 2009, enquanto nos países da OCDE a proporção se elevou de 5% para 49% no mesmo período. "Em termos gerais, houve melhora na região se olharmos somente os dados absolutos. Houve crescimento na penetração, melhora na velocidade (...), mas os países mais desenvolvidos estão avançando mais rápido, por isso que a brecha na banda larga continua aumentando", advertiu Rojas.
Todos os números procedem do Orba, inaugurado nesta quinta-feira em Santiago. "O Observatório será uma importante fonte de informação para a criação e o acompanhamento de políticas públicas orientadas à universalização da banda larga", declarou a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena. Segundo ela, a banda larga "pode se transformar em um eixo básico da integração regional", especialmente no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países.
Entre os objetivos do observatório estão propiciar o intercâmbio das políticas públicas que cada país aplica para promover o serviço de banda larga e fornecer aos governos informação "relevante e oportuna" que propicie a universalização da banda larga na região, destacou Rojas.
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