A China rejeitou nesta quinta-feira um processo interposto por oito cidadãos de Nova York contra o Baidu, o maior buscador do país asiático, alegando que a acusação não tem jurisdição em seu território.
"A administração da internet por parte do Governo chinês está em linha com as práticas internacionais e além de tudo é um assunto de soberania. Segundo as leis internacionais, os tribunais estrangeiros não têm jurisdição" nesse sentido, manifestou a porta-voz da Chancelaria chinesa, Jiang Yu.
A China conta com o maior número de internautas do mundo, com 477 milhões, mas segundo grupos de direitos humanos e de liberdade de imprensa e expressão tem também a mais sofisticada maquinaria de censura do planeta.
Nos últimos meses, o regime chinês censurou qualquer informação relacionada com a chamada "revolução do jasmim", uma tentativa anônima e infrutífera de levar a "primavera árabe" ao país asiático, o que deixou o saldo de centenas de dissidentes, intelectuais, artistas e advogados detidos.
"O Governo chinês estimula e apoia o desenvolvimento da internet, e garante a seus cidadãos a liberdade de expressão na rede", reiterou a porta-voz em entrevista coletiva.
O processo dos ativistas nova-iorquinos é o primeiro contra um buscador chinês e pede compensações no valor de US$ 16 milhões (US$ 2 milhões por cada um dos litigantes) por violar a Constituição dos Estados Unidos.
Segundo a denúncia interposta no tribunal de distrito de Manhattan, o buscador chinês obedece às políticas controladoras do regime chinês ao censurar conteúdos relacionados a movimentos democráticos como o da Praça da Paz Celestial, em 1989.
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