Preço de celular cai menos no Brasil


O brasileiro continua pagando por um dos serviços de celular mais caros do mundo. O alerta é da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que apontou que, enquanto o mundo viu uma redução média de 22% nos custos de celular nos últimos dois anos, no Brasil a queda foi de apenas um terço da média ou cerca de 7%.
Para a entidade, o Brasil ainda não completou sua liberalização do mercado e monopólios ainda são um obstáculo.
A queda nos preços internacionais fez com que o número de celulares no planeta passasse de 4 bilhões em 2008 para 5,3 bilhões no fim de 2010, apesar da pior crise econômica mundial em 70 anos.
No caso do Brasil, o país passou a ter mais celulares que habitantes. Em 2002, essa taxa era de apenas 20%. Porém, se a expansão ocorreu no País, os preços continuaram elevados. A queda no custo das chamadas é bem inferior ao que os africanos estão tendo. Em dois anos, as ligações na África tiveram redução de preços de 25%.
Em 2009, um brasileiro gastava em média 5,66% de sua renda para usar o serviço de celular, contra 7,5% em 2008. A taxa é mais de cinco vezes a que operadoras cobram na Europa. E apenas 40 países de um total de 161 analisados têm celulares mais caros que o Brasil. Em Mianmar, por exemplo, o custo do celular chega a 70% da renda média de um cidadão.
Todos os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e todos os sul-americanos pagam menos pelo celular que os brasileiros. Macau, Hong Kong, Dinamarca e Cingapura são os locais mais baratos para o celular, onde o serviço é responsável por meros 0,1% da renda média. Nos países pobres, a média é de 17%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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