Sony, Toshiba e Hitachi vão se unir no mercado de telas LCD

Sony, Toshiba e Hitachi vão fundir suas operações de produção de telas de cristal líquido (LCD), usando um investimento de 2,6 bilhões de dólares garantido pelo governo para enfrentarem melhor a crescente competição de rivais na Coreia do Sul e Taiwan.

A fusão criará o maior fabricante mundial de pequenos painéis utilizados em tablets e celulares inteligentes, ultrapassando os líderes mundiais Sharp, do Japão, e Samsung Electronics, da Coreia do Sul.

A iniciativa ajudará as empresas a concentrar suas atenções em suas operações mais importantes. No entanto, o fundo de investimento no qual o governo japonês detém 90 por cento de participação enfrentará críticas por usar dinheiro público para amparar um negócio volátil.

A Innovation Network Corp of Japan (INCJ) investirá cerca de 200 bilhões de ienes (2,6 bilhões de dólares) na companhia que a fusão criará, assumindo participação de 70 por cento. Sony, Hitachi e Toshiba terão cada qual 10 por cento do capital, anunciaram as três empresas na quarta-feira.

O objetivo é concluir a fusão até o segundo trimestre de 2012. Uma reacomodação era aguardada há muito no setor devido à queda nos preços dos painéis e aos avanços na tecnologia que vêm colocando os produtores sob pressão cada vez mais intensa.

As três empresas somadas controlavam 21,5 por cento do mercado para telas pequenas e médias no ano passado, acima dos 14,8 por cento da Sharp e dos 11,9 por cento da Samsung Mobile, na estimativa do grupo de pesquisa DisplaySearch.

As três hesitavam em investir em uma nova linha para concorrer com a Sharp, que deve receber 1 bilhão de dólares em investimento da Apple, ou com as rivais sul-coreanas LG Display e Samsung Mobile Display, que têm acordos de fornecimento com clientes importantes.

A Sony sofre sob peso dos prejuízos crônicos gerados por suas operações de televisores, a Toshiba está acelerando os planos de redução de suas operações de chips e a Hitachi quer se distanciar do volátil setor de painéis para se concentrar em operações de infraestrutura.

(Fonte: Reuters)

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