O Greenpeace divulgou nesta quinta-feira (21) um relatório que mostra a Apple, fabricante do iPhone e do iPad, como a empresa “menos verde” entre as companhias de tecnologia avaliadas pela ONG (Organização Não Governamental) devido sua forte dependência de carvão muito poluente para manter a energia funcionando em seu centro de dados, onde estão os servidores.
O relatório “Quão sujos são seus dados?” diz que o investimento da empresa de Steve Jobs em uma nova unidade no Estados da Carolina do Norte vai triplicar seu consumo de eletricidade, o que equivale a demanda de energia de 80 mil casas americanas.
Nos Estados Unidos, as empresas não são obrigadas por lei a divulgar o uso de energia ou as emissões de carbono, mas o Greenpeace se baseou em informações publicamente disponíveis sobre investimento em datacenter – centro de dados – para estimar a potência máxima que essas instalações vão consumir. Depois, essas informações são combinadas com dados do governo.
O relatório estimou que a dependência de carvão para manter os centros de dados da Apple é de 54,4%, seguida pelo Facebook (53,2%), IBM (51,6%), HP (49,4%) e Twitter (42,5%).
Os melhores resultados foram alcançados pelo Yahoo, seguido pelo Google e Amazon.
O objetivo do Greenpeace é incentivar o uso de energia limpa para manter as centrais onde estão os servidores das empresas de tecnologia.
Gary Cook, analista de política de tecnologia da informação do Greenpeace e autor do estudo, disse que os consumidores querem saber se as companhias são “verdes”.
- Os consumidores querem saber que ao carregar um vídeo ou mudar o status no Facebook eles não estão contribuindo para o aquecimento global ou para futuras Fukushimas. [...] Muitas empresas tratam o seu consumo de energia como a fórmula secreta da Coca-Cola porque não querem que os concorrentes saibam o quanto gastam em energia.
Segundo o site britânico Guardian, a Apple não quis comentar o relatório do Greenpeace.
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