Nokia encerra trimestre com prejuízo de 492 mi de euros

A Nokia, maior fabricante mundial de celulares em termos de volume, encerrou o segundo trimestre com prejuízo de 492 milhões de euros, revertendo resultado positivo de um ano antes e perdendo a liderança do mercado de smartphones para a Apple.

Apesar disso, a companhia registrou um lucro operacional acima do esperado pelo mercado, excluindo certos itens, favorecida por receitas de 430 milhões de euros geradas por pagamento de royalties, incluindo as devidas pela Apple após vitória da empresa finlandesa em um processo judicial contra a rival norte-americana.

O lucro operacional somou 391 milhões de euros (555,1 milhões de dólares) acima de todas as previsões de analistas, que variaram de prejuízo de 35 milhões a lucro de 285 milhões.

As ações da empresa subiam 1,2 por cento às 10h14 (horário de Brasília), reduzindo alta que chegou a 3,5 por cento mais cedo.
A Nokia informou ter vendido 16,7 milhões de smartphones no período, perdendo o posto de maior fabricante de celulares inteligentes para a Apple, que vendeu 20,3 milhões de unidades do iPhone.

A empresa finlandesa criou o mercado de smartphones em 1996 com o primeiro modelo Communicator, mas nos últimos anos não conseguiu responder ao crescimento no segmento das rivais Apple e Research in Motion.

"O caminho de recuperação da Nokia será longo. A deterioração da performance da empresa em smartphones mostra que tempo é a essência na reconstrução de um portfólio coerente de produtos baseados no Windows Phone 7 em 2012", afirmou o analista Geoff Blaber, da CCS.

O preço da ação da Nokia caiu pela metade desde fevereiro, quando a empresa revelou sua mudança para a plataforma da Microsoft em meio às preocupações de que a companhia perca muita participação de mercado antes de que os novos modelos de aparelhos cheguem às prateleiras.

A Nokia afirmou no balanço que espera que seus negócios com celulares continuem lucrativos no terceiro trimestre, contrariando expectativa de analistas de que as operações da empresa sofreriam mais enfraquecimento.

"A previsão para o terceiro trimestre foi um alívio. Parece que não vai ser tão ruim quanto o temido", disse Hannu Rauhala, analista do Pohjola Bank.

(Fonte: Uol)

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