De acordo com o jornal alemão Der Freitag, e sustentado pelo Der Spiegel, desde o início do ano um arquivo vem circulando pela internet com cerca de 251.000 documentos vazados do Departamento de Estado dos EUA (o ministério de relações exteriores do país). Só que os documentos incluem os nomes dos informantes que vazaram os dados – e agora essas fontes correm risco de morte.
Em 2010, Assange guardou este arquivo criptografado em um diretório oculto no servidor do Wikileaks. Ele deu a senha a um contato externo. Quando Domscheit-Berg saiu do Wikileaks, ele levou o conteúdo do servidor com ele, incluindo o arquivo criptografado, ao qual Assange não tinha mais acesso. No final de 2010, Domscheit-Berg voltou ao Wikileaks com os arquivos. Pouco depois, membros que apoiavam o Wikileaks divulgaram uma cópia desses arquivos na internet, para criar um arquivo público dos documentos que o Wikileaks havia divulgado.
Eles não perceberam que o arquivo com os telegramas originais foi divulgado junto. O arquivo estava numa pasta oculta.
Finalmente, no trimestre passado, o contato externo de Assange divulgou a senha para acessar o arquivo, sem saber que isso daria acesso aos nomes dos que vazaram os documentos. Membros da OpenLeaks, concorrente do Wikileaks criada pelo próprio Domscheit-Berg, chamaram atenção para o fato.
Este é um erro excepcionalmente imprudente. Todas as pessoas e as famílias das pessoas que foram citadas como fontes nos telegramas vazados agora correm grande risco. E provavelmente nunca saberemos as consequências deste vazamento por acidente: a retaliação aos informantes deve ser mantida em completo segredo – afinal, o Wikileaks lhes ensinou a lição.
(Fonte Gizmodo Brasil)
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