Carreira em TI: como preparar o currículo ideal

Entenda quais os pontos e em que ordem eles devem ser citados para chamar a atenção de potenciais empregadores.

Curriculo
Atualmente, sobram vagas de emprego em tecnologia e faltam profissionais preparados para preenchê-las. Porém, quem quer buscar o trabalho dos sonhos em TI precisa, além de investir em qualificação, chamar a atenção de possíveis empregadores. Para isso, a arma mais importante ainda é ter um bom currículo.
 
Henrique Gamba, gerente da divisão de TI da empresa de recrutamento de executivos Hays, conta que um currículo mal preparado pode acabar com as chances de encontrar uma vaga de emprego. “Ele é a primeira impressão que as empresas vão ter do profissional”, relata Gamba. Mais do que isso, o especialista afirma que se esse documento de apresentação não convencer a pessoa que está cuidando do processo de seleção para uma determinada vaga, automaticamente o candidato será descartado.

Quanto ao modelo ideal de currículo para a área de tecnologia, o especialista afirma que ele precisa ser objetivo e priorizar todas as informações relevantes para a vaga em questão. “Pense que as pessoas precisam encontrar os dados mais importantes, de forma rápida”, sinaliza Gamba, que acrescenta: “O ideal é separá-lo [o currículo] por itens.”

Além disso, ele acredita que não existe uma limitação em termos de tamanho do currículo e que o documento pode ter até quatro páginas, no caso de candidatos a uma vaga em TI. “Mas nada de inserir tabelas ou imagens”, indica o especialista, ao lembrar que as fotos e os logotipos – que são usados em outros países – não são bem aceitos nesse tipo de documento no Brasil.

Outra preocupação é evitar qualquer erro de português ou, ainda, traduzir o currículo para o inglês sem ter a fluência necessária na língua.

A seguir, o gerente da Hays, explica quais os itens que precisam constar em um bom currículo de TI e em que ordem eles devem ser apresentados:

1.      Dados pessoais – O profissional precisa começar o currículo informando seu nome, idade, estado civil, bairro, e-mail e telefone para contatos. “Nada de colocar nome dos pais ou citar o endereço completo”, sinaliza Gamba.

2.      Objetivo – O candidato deve descrever, em poucas palavras, quais suas metas profissionais, por exemplo, ‘atuar como analista de sistemas’. “É importante não colocar mais de um objetivo, pois isso demonstra que o profissional não tem clareza do que quer”, alerta.

3.      Idiomas – No caso em que o candidato conhece alguma língua estrangeira, deve citá-la no currículo, descrevendo sua fluência no idioma (básico, intermediário, avançado ou fluente).

4.      Escolaridade – Quando estão buscando cargos mais altos, os candidatos podem citar apenas a formação superior (curso, nome da universidade e data de início e conclusão do curso). Enquanto que, para os demais casos, vale incluir também dados sobre o ensino médio e fundamental.

5.      Certificações – “Especialmente em TI, para cargos técnicos, esse é um requisito muito importante para os recrutadores”, avalia o especialista, apontando que, por conta disso, os candidatos precisam listar todas as certificações obtidas.

6.      Perfil – Nessa área, vale incluir um breve resumo do histórico profissional, com informações sobre experiência e há quanto tempo atua em determinado setor. “Mas não se deve colocar descrições subjetivas, como resiliência, pró-atividade, energia, entre outros”, analisa.

7.      Histórico profissional – O candidato precisa colocar, em ordem decrescente, todas as empresas e cargos por que já passou. Para tanto, deve separar os itens em tópicos, com nome da companhia, período de trabalho e cargo, assim como as principais atividades exercidas. “Se possível, cite um projeto ou um resultado que possa ser importante para a vaga a que está se candidatando”, aconselha Gamba. Ele ressalta, no entanto, que o texto precisa ser o mais sucinto possível.

8.      Cursos – Nessa área é possível inserir outras informações sobre cursos e capacitações, que não tenham sido citadas na área de certificações.


Por fim, Gamba destaca que todas as inforrmações do currículo precisam ser verdadeiras. "O papel aceita tudo, mas busque ser o mais fiel possível à realidade", conclui.

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