Computador conceito pode ser recarregado através de um processo semelhante ao da fotossíntese
Que os eletrônicos consomem uma boa parte da energia da casa, todo mundo já sabe. Mas uma invenção dos designers Hyerim Kim e Seunggi Baek promete reduzir drasticamente os impactos dos notebook utilizando água como fonte de energia para o aparelho.
Batizado de Plantbook, o computador portátil pode ser recarregado através de um processo semelhante ao da fotossíntese. Quando a bateria estiver descarregada, basta removê-la do tubo onde fico inserida e mergulhá-la em um recipiente com água e em um local onde bata luz solar.
Nesse momento, o Plantbook separa o hidrogênio do oxigênio através de um processo de eletrólise utilizando a energia armazenada em um painel solar instalado na parte de cima do notebook. A energia produzida na reação é armazenada na bateria, enquanto o oxigênio é liberado na atmosfera. Por fim, uma folha feita de silício colocada no topo do tubo indica o nível da bateria.
O produto ainda é apenas um conceito e os autores não informam se ela poderá ser comercializada.
Quem gosta de Star Trek sabe do que vamos falar a seguir. Quando Star Trek: The Next Generation foi ao ar, muita gente criticou os painéis de controle das naves, que eram simplesmente vidros em tom preto, com formas coloridas que eram projetadas nesse vidro. Ao pressionar essas formas no painel, os comandos eram realizados. As críticas eram porque “era tudo meio falso” para os exigentes telespectadores da época.
Pois bem, décadas depois, nos temos o iPhone e o iPad, que faz quase a mesma coisa, e ninguém fala nada. Mas, tudo bem. O tempo foi capaz de mostrar que os trekkers estavam com a razão. Tanto que o conceito do notebook baseado no painel de controle da Star Trek não é algo tão estranho assim.
O notebook foi desenvolvido por Philipp Schaake, membro da equipe de design alemã Sensid Studio, e recebe o nome de Crowd Notebook, e tem como princípio utilizar diversos círculos coloridos em uma área de toque, no lugar onde originalmente estaria o teclado físico. Aliás, nesse caso em específico, o teclado é virtual, bastando um simples acionamento em um símbolo do canto inferior esquerdo para acioná-lo.
Outro recurso interessante do Crowd Notebook é que ele está apto a ser dividido em dois módulos, que podem gerenciar dois conteúdos diferentes do equipamento. É como se você tivesse dois iPads lado a lado, trabalhando como um laptop.
Com tantos recursos diferenciados, o projeto de Philipp conseguiu ficar em segundo lugar na edição 2011 da Fujistu Design Awards. O que é excelente, se levarmos em conta a sua origem, e principalmente, a sua proposta.
Um estudo sobre o futuro dos jornais feito em 1994 pela empresa americana Knight-Ridder antecipou alguns dos conceitos que fazem sucesso nos tablets atuais, como o iPad.
Um vídeo da empresa descreve um e-reader para jornais digitais que já trazia muitas das características desses dispositivos móveis.
Nos anos 70, a Knight-Ridder chegou a ser a maior editora de jornais dos Estados Unidos. Na década passada, entrou em decadência e acabou sendo vendida a outro grupo em 2006.
Em 1992, quando ainda era bastante poderosa, a empresa montou um laboratório dedicado a pensar no futuro dos jornais, o Information Design Lab (IDL). Foi lá, ao pé das Montanhas Rochosas do Colorado, que um grupo de estudiosos descreveu o que eles viam como o jornal do futuro.
Roger Fidler, diretor do IDL, diz, na apresentação, que o jornal do futuro deveria ter vídeos, gráficos e anúncios interativos.
O leitor tocaria neles para obter visualizações diferentes, como acontece em muitas publicações atuais para iPad.
Mas era preciso usar uma caneta para interagir com o tablet da Knight-Ridder, como no Newton, o fracassado assistente pessoal da Apple anunciado no ano anterior.
Naquela época, as telas de cristal líquido ainda não tinham sensibilidade suficiente para permitir interação direta com os dedos.
O vídeo também previa que, no futuro, as pessoas ainda usariam computadores para criar conteúdo, mas poderiam usar tablets para consumir informação, como vem acontecendo.
É bom lembrar que os primeiros tablets como formato atual só apareceram no final de 2002, quando a Microsoft lançou o Windows XP Tablet PC Edition. E esses dispositivos da primeira geração nunca fizeram sucesso. Como sabemos, esse formato de computador só decolou no ano passado, depois que a Apple começou a vender o iPad.
Em 1994, a Knight Ridder não teve como prever que a internet se tornaria tão grande e importante.
Assim, o tablet idealizado por ela não tinha funções de comunicação interpessoal e dependia de cartões de memória para a transferência de conteúdo. Foi preciso esperar mais 16 anos até que a tecnologia para um tablet realmente prático estivesse disponível.
O designer Hao-Chun Huang criou um conceito de computador multiuso, ou podemos dizer, um tablet dobrável? O Flexbook traz essa dúvida por se tratar de um equipamento com diversos usos e fins, adaptável de acordo com a necessidade. Por ser tão inovador, o conceito está na final da competição "a life with future computing", organizada pela Fujitsu em parceria com o site DesignBoom.
O dispositivo possui um teclado à prova d'água e uma tela widescreen de 21:9 e 11 polegadas que se dobra ao meio, transformando o aparelho tanto em um tablet quanto em um ebook. Mas se isso não for suficiente, o teclado que acompanha o Flexbook também pode ser dobrado e armazenado entre a tela, fazendo com que ele se torne uma pequena caixa colorida.
A parte de fora é coberta com uma skin emborrachada, permitindo que ele seja guardado em bolsas ou mochilas sem nenhum dano ao equipamento. As cores e estilos da capa podem ser personalizados, para que o usuário faça um modelo com a textura que bem entender.